O que preciso saber para elaborar um planejamento nutricional?

A nutrição é um dos grandes pilares da produção animal. Animais bem nutridos conseguem expressar seu potencial genético, crescer, ganhar peso e se reproduzir. Por outro lado, a nutrição tem grande impacto no custo de produção da atividade pecuária. Por isso, é preciso um planejamento nutricional para garantir bom desempenho animal sem prejuízos financeiros para o pecuarista.

Assim, veja 5 dicas do que é importante saber para elaborar um planejamento nutricional para o seu rebanho.

1. Objetivos e metas

O primeiro passo para ter um bom planejamento é saber o que deseja alcançar. É preciso definir metas, por exemplo, qual o ganho médio diário (GMD), peso ao abate ou quantidade de arrobas que se deseja obter.  Dessa forma, facilita adotar estratégias nutricionais para alcançar o resultado pretendido.

2. Conhecer os animais

Os animais precisam de água (quantidade e qualidade), energia, aminoácidos, minerais e vitaminas. Contudo, a sua exigência nutricional se altera em função da idade, grupo genético, gênero, temperatura, estado fisiológico e nível de produção.

Por isso, é preciso conhecer os animais da fazenda para elaborar dietas adequadas a cada categoria, e assim, atender as metas de ganho de peso e/ou reprodução.

Além disso, é preciso realizar a pesagem dos animais. Os dados de peso corporal são importantes para balancear a ração, no ajuste do consumo de matéria seca e na definição das metas.

3. Composição, oferta e o custo dos alimentos

No Brasil a maior parte da produção é a pasto. Dessa forma, é preciso estar atento a quantidade e a qualidade da forragem disponível. Para isso, é preciso medir a capacidade de suporte das áreas de pastagens para definir a taxa de lotação. Assim como conhecer os teores dos nutrientes do capim, para saber os que estão deficientes e ser mais assertivo na escolha do suplemento. A composição nutricional do capim e demais alimentos é obtida por meio da análise bromatológica, realizada em laboratório.

Mas, além de conhecer da composição nutricional dos alimentos, é importante estar atento às características de cada um e aos níveis de inclusão. Assim, na hora de balancear as rações, o profissional precisa analisar qual alimento usar e a quantidade a ser incluída.

Neste sentido, conhecer o custo dos alimentos é um ponto chave na escolha de quais utilizar. Contudo, nem sempre o alimento mais barato é o melhor. É preciso analisar a relação técnica e financeira da dieta. 

Por isso, é preciso conhecer os alimentos para fornecer aqueles que supram as necessidades dos animais, gerem um bom desempenho e tenham um custo bom, visando maior lucro.

4. Conhecer o ambiente

Outro ponto é conhecer a estrutura da fazenda: cochos, bebedouros, armazéns, oferta de água, entre outros. Fatores que vão interferir na escolha dos alimentos e no manejo deles. Muitas vezes a dieta é bem formulada, mas falhas na mistura dos ingredientes ou na hora de fornecer aos animais comprometem o resultado.

5. Gestão da fazenda

Com uma boa gestão é fácil conhecer a propriedade, o rebanho e obter as dados para elaborar o planejamento nutricional.

Além disso, na hora de definir as metas é preciso ter anotações, conhecer os índices zootécnicos e os dados financeiros da fazenda. Neste sentido, um software de gestão como o iRancho é um grande aliado do pecuarista. Pois armazena dados em tempo real, ajuda a obter informações de qualidade e na tomada de decisão.

Lembre-se consulte um profissional para formular as dietas e fazer o planejamento correto. Ao fornecer aos animais os nutrientes certos, sua fazenda terá melhores resultados técnicos e financeiros.

Pecuarista de Sucesso

Assim começa mais um capítulo do PECUARISTA DE SUCESSO, uma jornada de conhecimento que agora começa seu caminho pela nutrição animal. Na próxima lição você vai saber como fazer um bom manejo no cocho. Caso você tenha perdido alguma das lições dos capítulos anteriores, segue abaixo o link dos resumões.

Sete lições sobre o mercado da pecuária de corte
6 Lições de gestão para o sucesso da fazenda de pecuária de corte

Por: Fabíola Lino. Doutora em Zootecnia, professora universitária e Diretora Estadual da Associação Brasileira de Zootecnistas.

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