O período seco vai chegando e começa a preocupação dos pecuaristas com o custo da nutrição animal. Afinal, para ter animais bem nutridos, crescendo e com bons índices produtivos é preciso investimento. Mas, acima de tudo, planejamento.
A falta de planejamento nutricional ou a má condução desta fase aumenta os custos e ainda reduz o desempenho do animal, gerando prejuízos nas duas pontas.
Saiba como reduzir esse risco a zero seguindo essas 5 dicas:
1. Entenda o momento
Durante a transição do período das águas para o seco, o pasto perde produtividade e qualidade em virtude da redução do calor, luz e volume de chuvas. Já no período seco, o valor nutritivo do capim reduz para teores de proteína bruta (PB) abaixo de 7%. Portanto, há um déficit de nitrogênio para a atividade do rúmen. Além disso, os teores de fibra sobem e a digestão diminui, o que resulta em baixo desempenho animal.
Diante disso, nesse período é preciso então adotar uma boa estratégia de suplementação para fornecer minerais e bons teores de proteína. Mas, primeiro, entenda os teores dos nutrientes presentes no capim para ser mais assertivo na escolha do suplemento. A composição nutricional do capim é obtida por meio da análise bromatológica, feita em laboratório.
2. Defina metas
Com base na situação da fazenda, defina o que deseja alcançar. É preciso saber antes qual o ganho médio diário (GMD) você precisa, peso ao abate ou quantidade de arrobas a obter. Dessa forma, você alinha as estratégias nutricionais com o resultado pretendido e necessário para ter lucro.
3. Conheça seu rebanho
Os animais precisam de água (quantidade e qualidade), energia, aminoácidos, minerais e vitaminas. Contudo, a sua exigência de nutrição se altera em função da idade, grupo genético, gênero, temperatura da região, estado fisiológico e nível de produção.
Por isso, é preciso conhecer os animais da fazenda para elaborar dietas adequadas a cada categoria, e assim, atender as metas de ganho de peso e/ou reprodução.
Além disso, é preciso realizar a pesagem dos animais. Os dados de peso corporal vão ajudar a balancear a ração, a ajustar o consumo de matéria seca e a definir metas.
4. Conheça o ambiente
Outro ponto relevante é conhecer a estrutura da fazenda: cochos, bebedouros, local para armazenar os alimentos, oferta de água, entre outros. Estes fatores irão interferir na escolha dos alimentos.
5. Escolha com base em dados
Conhecer o custo da nutrição é um ponto relevante. Contudo, nem sempre o alimento mais barato é o melhor. É preciso ponderar entre o benefício técnico e financeiro da dieta.
Por isso, conheça os alimentos para fornecer aqueles que atendam o momento da sua fazenda, as características do seu rebanho e as metas que deseja atingir, dentro de um custo viável, visando maior lucro.
Procure também saber a composição nutricional dos alimentos. Fique atento às características de cada um e aos níveis de inclusão. Assim, na hora de balancear as rações, o profissional saberá qual alimento usar e a quantidade a ser incluída.
Gestão da fazenda
Em resumo: para reduzir o custo da nutrição e tudo correr bem, entenda que é preciso ter anotações da fazenda e conhecer os índices zootécnicos. Não existe planejamento sem dados. O software de gestão como o iRancho é um grande aliado neste trabalho: capta dados, gera informações e ajuda a tomar a melhor decisão.
Veja também: