ESG no Agro: como adotar práticas sustentáveis no setor?

O ESG, sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, traduzindo em português para Ambiental, Social e Governança (ASG), é destaque nos debates sobre sustentabilidade. Isso porque o mercado, cada vez mais preocupado com a questão, têm pressionado as empresas para adotarem práticas sustentáveis. No Brasil, o grande desafio é estabelecer o ESG no agro.

A preocupação em se estabelecer o ESG no agronegócio se deve ao fato de ser um setor de destaque no país, sendo responsável por mais de 27% do PIB. Além disso, o Brasil é reconhecido internacionalmente como exportador de commodities e como participante ativo na cadeia produtiva de bovinos.

Para entender o conceito de ESG, as boas práticas voltadas para o setor agropecuário e a relação com a pecuária de corte, preparamos um artigo especial sobre o assunto. Confira! 

O que é ESG? 

O ESG é uma sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, ou seja, Ambiental, Social e Governança.

A sigla se refere às práticas que têm como objetivo determinar se uma organização é responsável tanto do ponto de vista social, como sustentável. Ademais, o ESG também se refere à gestão administrativa eficiente da empresa.

 Quais são os pilares do ESG?

Em primeiro lugar, é importante destacar que o pilar ambiental está ligado à sustentabilidade. No entanto, aqui, o conceito de sustentabilidade se relaciona com a preservação de recursos naturais e o uso equilibrado, com o objetivo de gerar valor e benefícios.

Nesse critério, é possível adotar algumas mudanças, como a gestão de resíduos e a utilização de fontes de energia renováveis. Além disso, estar atento a questões relacionadas às mudanças climáticas é importante.

Empresas que se preocupam com a sustentabilidade, e não apenas com lucro, recebem recompensas de diversas formas. Por exemplo, elas podem ter acesso a novos investidores e taxas menores de juros.

Por outro lado, no fator social, as práticas devem ser voltadas a temas como direitos humanos, gestão de pessoas, inclusão, diversidade e políticas sociais

Já o  pilar de governança é voltado à administração das empresas por seus gestores. Dessa forma, algumas boas práticas são gestão de risco, iniciativas voltadas a antifraude e corrupção, auditoria e compliance.

Quais são as boas práticas de ESG no agro?

No agro, também é possível aplicar as boas práticas de ASG e o conceito é o mesmo. Desse modo, diz respeito às iniciativas voltadas para produção sustentável, gestão eficiente da fazenda e responsabilidade social.

Abaixo, listamos bons exemplos de ações ESG. Confira:

ESG no agro: Pilar Ambiental 

Na imagem, temos vários bovinos de cor branca em um pasto gramado. Em sua volta, temos eucaliptos. Foto ilustra matéria de ESG no agro.
O ILPF é uma das boas práticas da pecuária sustentável

A fim de tornar o setor agropecuário mais sustentável, diversas práticas podem ser implantadas, tais como:

  • Investimento em práticas de bem-estar animal (como exemplo, temos o ILPF), de manejo, melhorias no abate e no transporte de rebanho vivo;
  • Uso de tecnologias como biodigestores, softwares de gestão e de precisão. Sendo que o último pode ser útil para ajudar a diagnosticar, rapidamente, doenças como mastite no animal;
  • Maior utilização de melhoramento genético na seleção de animais;
  • Redução de áreas desmatadas e uso consciente de recursos naturais.

Além dos exemplos citados, também é necessário estar atento à saúde e nutrição animal. Isso porque a alimentação do rebanho influencia diretamente na emissão de gases na atmosfera. 

ESG no agro: Pilar Social 

No pilar social, temos questões voltadas à gestão de pessoas, inclusão e direitos humanos. Nesse sentido, o agro tem um papel de destaque devido à geração de empregos.

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) apontou que mais de 17 milhões de empregos foram gerados no Brasil pelo agronegócio, em 2021.

No pilar social, por exemplo, é possível adotar ações como:

  • Respeito a leis trabalhistas e legislação ambiental;
  • Oferecer boas condições de trabalho, com infraestrutura para moradia, além de segurança e conforto para a família do trabalhador da fazenda; 
  • Investir em treinamentos e capacitações profissionais, inclusive, voltados para a área de segurança do trabalho.

ESG no agro: Pilar Governança 

A fim de estabelecer o pilar de governança e garantir a administração eficiente da fazenda,” o produtor pode adotar medidas como, por exemplo:

  • Estabelecer transparência nos processos e na administração;
  • Atuar com gestão de riscos;
  • Adotar a compliance;
  • Incentivar a qualificação dos gestores da fazenda;
  • Investir em práticas anticorrupção, além da realização de auditorias.

Como implantar ESG na pecuária de corte? 

De forma ampla, mencionamos as principais ações que o setor agropecuário pode adotar. No entanto, visto que o país é um dos grandes exportadores de proteína bovina, abordaremos abaixo as principais práticas ESG na pecuária de corte.

Só para exemplificar, ILPF, rastreabilidade e tecnologia Blockchain são iniciativas que podem ser adotadas na pecuária de corte. Quer saber como? Continue a leitura!

ILPF

ILPF significa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e se refere a uma prática sustentável onde em uma mesma área sistemas produtivos diferentes são integrados. Existem diversas formas de realizar o sistema, tais como cultivo em consórcio, sucessão ou rotação.

Em resumo, os principais benefícios do ILPF são o uso otimizado da terra, produtividade elevada do solo e bem-estar animal devido ao conforto térmico.

A fim de compreender mais sobre o funcionamento do ILPF, recomendamos a leitura do artigo:

 Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: como implementar em uma propriedade?

Investimento em tecnologia

Por fim, podemos citar o investimento em tecnologia como uma das ações de ESG na pecuária de corte

Na imagem, temos uma mão feminina segurando um celular na tela do iRancho. Ao fundo, em um pasto, vemos um animal se alimentando. Foto ilustra matérias de ESG no agro.

A digitalização e inovação no campo tem facilitado a lida do trabalhador, além de que cria mais conexão das fazendas com os centros comerciais, indústrias e consumidores. Isso sem falar que permitem um maior monitoramento das atividades e, por consequência, diminuem impactos ambientais e garantem a melhor gestão da fazenda. O iRancho é uma prova disso.

O iRancho é um software de gestão pecuária desenvolvido para os pecuaristas. Por meio dele, é possível fazer lançamentos, acompanhar e registrar o manejo de forma eficiente.

Nascido no curral, de pecuarista para pecuarista, o software de gestão completo é simples e fácil de utilizar e oferece inúmeras vantagens para o pecuarista.

Rastreabilidade e Blockchain

A rastreabilidade consiste em uma prática onde é possível visualizar toda a trajetória do alimento que chega à sua mesa. Dessa forma, organizações, produtores ou empresas que não adotem práticas sustentáveis e responsáveis socialmente acabam sendo prejudicadas com a baixa procura pelo produto.

No contexto da pecuária de corte, o iRancho desenvolveu um software de rastreabilidade por consequência, o SafeBeef. Por meio do mecanismo, com a leitura de um QR Code, é possível visualizar todas as etapas da cadeia produtiva do animal. 

O SafeBeef armazena as informações do rebanho em tecnologia Blockchain. Ela gera dados invioláveis e pode ser usada para rastrear os animais, além de que garante a transparência da cadeia produtiva.

A tecnologia Blockchain também gera um ativo precioso para produtores, compradores, indústrias, seguradoras e consumidor final. 

Quer conhecer mais sobre a ferramenta?

Acesse o Instagram do SafeBeef e fique por dentro das novidades sobre rastreabilidade animal e as práticas ESG no agro! 

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