Quando se trata de pasto na pecuária de corte, é importante entender que durante todo o ano ele requer atenção e cuidados específicos. Estamos agora no período de transição seca-águas, que ocorre normalmente nos meses de setembro/outubro, e é caracterizado pelo fim da seca e início da estação chuvosa, com início da rebrota do capim e melhoria das pastagens.
A intensidade das chuvas e sua regularidade, aliados à temperatura, fertilidade do solo e manejo, interferem na formação do novo pasto. Portanto, nesse período da transição seca-águas as folhas secas caem e comprometem a qualidade da massa acumulada. Dessa forma, quanto mais tempo demora para as chuvas firmarem, mais lento será o rebrote do capim, o que pode comprometer o desempenho dos animais.
Pasto: Aspectos que causam baixo desempenho dos animais
Nesse período, algumas mudanças no capim resultam em menor desempenho. São elas:
- Presença de muitos talos secos e folhas mortas;
- Brotação que ocorre logo no início das chuvas: essa mudança gera folhas jovens, com baixo teor de matéria seca e são buscadas pelos animais.
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Cuidados para garantir um bom desempenho dos animais no pasto
Diante do que foi dito até aqui, a transição seca-águas é um período crítico para a produção de bovinos de corte, pois marca a saída de um momento de escassez e baixa qualidade de alimento, para um de melhor produção de forragem e desenvolvimento dos animais. Por isso, é fundamental adotar uma série de cuidados para garantir a saúde e bem-estar dos animais, e o desempenho adequado do rebanho no pasto.
Nesse sentido, confira agora alguns desses cuidados com o pasto na transição seca-águas:
Brotação no pasto
Os brotos apresentam alta digestibilidade, o que altera a taxa de passagem do alimento pelo trato gastrointestinal do animal, podendo ocasionar diarreia. Contudo, algumas dicas para evitar esse problema são: usar suplementação ajustada para esse período, melhorar o aporte de nutrientes para os animais e a digestão do material seco que está no campo. Outra opção é o uso do “sequestro/resgate”, além da vantagem de fornecer uma dieta de qualidade no cocho, é possível ajudar na recuperação das pastagens e soltar os animais no pasto somente após o estabelecimento do capim.
Ureia
Atenção à presença de ureia no cocho! Na seca é muito comum e necessário o uso de ureia para fornecer nitrogênio para a microbiota ruminal. Dessa forma, com o início das chuvas, é fundamental ficar atento para não acumular água nos cochos. Nesses casos, a ureia se transforma em amônia, os bovinos que se alimentam dela podem sofrer intoxicação e até levar a morte. Nesse sentido, a recomendação é que os colaboradores possam vistoriar os cochos para identificar se tem acúmulo de água e presença de suplementos velhos que contêm ureia. Ter cochos furados ou cobertos também são práticas que auxiliam na prevenção desse acúmulo de água.
Água
Garanta um fornecimento adequado de água para os animais, com acesso à água limpa e de qualidade.
Monitoramento
Ademais, intensifique a observação diária do rebanho, para identificar com antecedência sinais de doenças, problemas de manejo e outros que podem afetar o desempenho animal. O monitoramento constante do rebanho permite a identificação precoce de problemas e a implementação de soluções antes que se tornem mais sérios.
Gestão
Uma gestão eficiente desempenha um papel crucial no sucesso da atividade pecuária no período de transição seca-águas. Nesse sentido, o iRancho é a ferramenta ideal para uma gestão eficiente, controle sanitário, controle do pasto, do desempenho animal e registro de ocorrências.
As mudanças significativas nessa fase exigem uma gestão adequada com estratégias de suplementação e manejo das pastagens para otimizar a produção, garantir a saúde do rebanho e os resultados financeiros.
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